Convencionou-se chamar de 
Revolução Industrial o período histórico durante o qual a 
Inglaterra
 se transformou, de sociedade feudal-mercantil, de economia 
preponderantemente agrária, em uma sociedade de tipo novo para o século 
18, ou seja, numa economia industrial, caracterizada pela produção em 
grande escala, mediante a utilização crescente de máquinas.   
 Apesar de a Inglaterra ter entrado tardiamente na 
era dos descobrimentos - e, portanto, na competição com 
Portugal e 
Espanha
 pela divisão das terras descobertas -, ela foi a nação europeia que 
mais rapidamente adaptou suas estruturas internas às novas condições 
competitivas que se instauraram no mundo.   
 Outro fato que contribui à reestruturação da Inglaterra foi a 
reforma protestante,
 o que levou à diminuição da influência da nobreza, à liquidação do 
poder do clero e ao sequestro e à redistribuição das terras e dos bens 
da Igreja. 
   Numa fase seguinte, durante a 
Revolução Inglesa,
 a burguesia nascente consegue debilitar também o poder do rei, criando 
assim uma nova classe dirigente, voltada ao comércio e à busca de 
enriquecimento.   
 Lentamente, a Inglaterra se 
especializa em não só tirar proveito das colônias alheias, mas em 
comerciar com elas, transportando inclusive escravos. Para se ter uma 
idéia desse comércio, entre 1700 e 1750, as indústrias inglesas voltadas
 para o consumo interno (alimentos e lã, por exemplo) aumentaram sua 
produção em 7%; ao passo que as indústrias destinadas à exportação 
(tecidos de algodão) aumentaram a produção em 75%.   
 A rápida industrialização inglesa também foi favorecida pelos 
"cercamentos":
 as terras que, durante o feudalismo, haviam sido de uso dos camponeses e
 moradores das vilas, começaram a ser apropriadas por aquela nova classe
 dirigente. Nessas propriedades, a agricultura era mais eficiente e a 
pecuária mais produtiva. Ao mesmo tempo, os camponeses emigravam para as
 cidades, criando uma massa em busca de emprego.   
   
 
 | As principais etapas da Revolução Industrial 
 
 
 
 
 A expansão do comércio externo - e seus lucros fabulosos - ampliam o volume de capital e estimulam a expansão das manufaturas.
 
 
 
 Em
 1733, um tecelão, John Kay, inventa uma lançadeira volante, pequeno 
aperfeiçoamento do tear manual. Cria-se, assim, um desequilíbrio 
tecnológico, pois as rocas de fiar passam a não ter capacidade de 
produção suficiente para suprir com fios os teares mais rápidos.
 
 
 
 Inventam-se
 novas máquinas de fiar. Uma delas, criada por Richard Arkwright, por 
volta de 1764, era movida não mais manualmente, mas por força 
hidráulica.
 
 
 
 A
 produtividade maior das novas máquinas de fiar e tecer causa um novo 
problema: começa a faltar algodão, pois este não podia ser descaroçado 
com suficiente rapidez.
 
 
 
 James
 Watt aperfeiçoa a máquina a vapor (usada na minas de carvão para 
bombear água), criando um sistema de transmissão que imprime movimentos a
 outros mecanismos.
 
 
 
 Eli Whitney, em 1793, inventa o cotton gin, que descaroçava algodão três vezes mais rapidamente que um trabalhador.
 
 
 
 As plantações de algodão são expandidas.
 
 
 
 Surgem as grandes manufaturas, mecanizadas. O ritmo do trabalho se acelera.
 
 
 
 Crescente tensão social, fruto da urbanização desordenada, dos baixos salários e do aumento do número de desempregados.
 
 
 
 O Estado regulamenta as horas de trabalho e amplia as formas de prestar assistência aos trabalhadores.
 
 
 
 Adapta-se a máquina a vapor às carruagens. Surgem as primeiras locomotivas, ainda rudimentares.
 
 
 
 George Stephenson
 aperfeiçoa a locomotiva a vapor, consegue uma concessão governamental 
para construir e operar uma linha e, em 1825, inaugura a primeira 
estrada de ferro do mundo. Vinte anos depois, a Inglaterra estava 
cruzada em todas as direções por ferrovias.
 
 
 
 Em
 1808, o primeiro navio a vapor, de madeira, cruza o Atlântico. Em 1837,
 vapores já iam regularmente à Índia. Em 1838 foi construído o primeiro 
navio de ferro, o Great Britain.
 
 
 
 Aumenta
 a produção siderúrgica e metalúrgica na Inglaterra. Em 1856, Bessemer 
descobre, ao purificar o ferro, a maneira de fabricar aço.
 
 
 
 A Inglaterra se transforma na oficina mecânica do mundo.    
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Fonte site UOL 
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